24 de novembro de 2012


Resenha: "Um grito de Amor do centro do Mundo" [Kyoichi Katayama]

Um Grito de amor do centro do mundo - Kyoichi Katayama

Um grito de amor do centro do mundo

Sinopse
Sakutarô é ainda um garoto quando conhece Aki na escola em que estuda, numa cidadezinha japonesa. Ela é bela, inteligente e popular, e logo se tornam amigos inseparáveis. Mas, conforme Sakutarô amadurece, ele começa a ver em Aki mais do que apenas uma amiga. Em pouco tempo, sua relação se transforma numa paixão arrebatadora. Os adolescentes trocam juras de amor; prometem nunca mais se separar. Mas uma tragédia fará com que o destino de ambos seja irremediavelmente alterado. Um grito de amor do centro do mundo é um dos romances japoneses mais lidos de todos os tempos. Foi adaptado para o cinema e para uma série de TV, além de ter se tornado um mangá de sucesso no Japão.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Outro livro de um autor japonês. 
Katayama tem uma escrita leve, sutil, daquelas que você se encanta com tanta inocência. 
Este é o tipo de livro que lerei para meus filhos, netos, bisnetos e enfim, pois é regado a tanta fragiidade, tanta doçura que te envolve do começo ao fim.
A trama conta um pouco da vida de Sakutarô, um menino que estuda num colégio em que uma garota linda também estuda. Os dois se tornam melhores amigos. A medida que avançam na escola, eles começam a se apaixonar e tornam-se namorados. Num dia, o melhor amigo de Sakutarô os leva para um Hotel abandonado numa ilha perto de sua casa, com intuito que os dois tivessem sua primeira vez lá. Mas nada acontece. E isso que pode parecer ruim para ele, já que sua intenção era realmente essa, porém só serve para que eles se tornem ainda mais próximos.
Ótima leitura. Tenho vontade de comprar todos os livros deste autor e guardá-los para sempre comigo. 
Nota: 5 estrelas.

Resenha: "Norwegian Wood" (Haruki Murakami]

Norwegian Wood - Haruki Murakami


Sinopse
Publicado originalmente em 1987 e inédito no Brasil, Norwegian Wood foi o livro que alçou o japonês Haruki Murakami da condição de autor cult à de ícone cultural. Com mais de quatro milhões de cópias vendidas no Japão, é um romance de formação com toques autobiográficos, ambientado na Tóquio do final da década de 1960, que narra a iniciação amorosa do jovem estudante de teatro Toru Watanabe. Comparado a O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger, por sua influência em toda uma geração de jovens leitores, o livro capta com maestria e lirismo a angústia e o desamparo da transição da adolescência à idade adulta.
"Um romance de mestre sobre o amor no final dos anos 1960." – The New York Times Book Review

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Você, caro leitor, que está a procura de um livro bom, daquele que te prende e que você seja capaz de ler em torno de umas 40 páginas de uma só vez. Pois bem, apresento-lhe "Norwegian Wood" do escritor japonês Haruki Murakami.
Durante o feriadão da Proclamação da República, aqui no Brasil, peguei para lê-lo e, em menos de 5 dias, li todas as 367 páginas; e ainda queria mais, mais e mais. 
A trama gira em torno de Toru Watanabe e o mundo a sua volta, levando-o, por muitas vezes, a refletir o por quê as pessoas são assim: tão normais. Ele perde o melhor e único amigo, Kizuki, que se suicida deixando-o sem chão. Assim, após este episódio, ele começa a se relacionar com a ex-namorada de seu amigo; porém nem tudo são flores: ela tem um problema psicológico. Seguida de algumas internações e, durante uma delas, ele se aproxima de Midori -- uma colega de classe, numa matéria específica da faculdade de teatro. E ele fica entre dois amores. Sim, parece tudo muito comum em romances, mas aí é que você se surpreende. Murakami tem uma forma de escrever que te prende, enlaça e você fica preso à leitura que, depois de terminado o livro, você tem vontade de comprar todos que ele já lançou. 
Realmente, um dos melhores que já li. Recomendo. Você, assim como eu, vai se apaixonar pela escrita de Murakami e por todos os seus personagens.
Uma pequena observação: O livro é regado com senas de sexo, então, você que não se sente muito a vontade em ler livros que as contenham, não leiam. Para os outros, desejo uma boa leitura!
Nota: 5 estrelas.

8 de novembro de 2012

Resenha: "Um Dia - Vinte anos. Duas pessoas" [David Nicholls]

Um Dia - Vinte anos. Duas pessoas. - David Nicholls


Sinopse
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
David Nicholls deve ter escrito este romance com o coraçãozinho bem amargurado, por que olha... Gostaria de tecer elogios, porém não é possível fazê-lo. Quando o comprei tinha todas as expectativas e, até mesmo durante a leitura, pois todos me diziam que era um ótimo livro, mas depois que li, no final do livro, -- e me desculpe acabar com o seu final, caso você queira lê-lo -- uma mortezinha barata acontece e o destino de todos os personagens muda. 
Tudo bem, preciso admitir que a escrita dele, Nicholls, é irreverente. Fácil de compreender. Leitura rápida. Li 416 páginas muito rapidamente. E até mesmo o tema central da estória, que conta sobre dois jovens recém-formados que se apaixonam, que não é algo inovador, porém, a forma como David Nicholls apresenta essa história é um tanto quanto peculiar. Ao invés de escrever os eventos de forma contínua, resolve narrar os acontecimentos de um dia específico: 15 de julho. Uma forma diferente e bem elaborada. No entanto, a leitura se torna meio "travada" a medida que retomamos a estória.

Não recomendo para quem não tem paciência para retomar a estória a cada capítulo e àqueles que não têm paciência no geral.
O livro também foi adaptado para o cinema, estrelado por Anne Hathaway, e vários atores de peso. Várias pessoas gostaram, só que, na minha avaliação, o livro não agradou muito.
Nota: 3 estrelas.

Resenha do Filme: "Diários de Motocicleta"

Diários de Motocicleta

FILME - Diários de Motocicleta


Sinopse
Em 1952, muito antes de se tornar o revolucionário de boina que incendiaria a América Latina (e também a África), Che Guevara era apenas Ernesto (Gael García Bernal), um rapaz argentino prestes a se formar em medicina. Mas a escola e a proximidade da formatura não seriam suficientes para impedi-lo de realizar um grande sonho: ao lado do amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna), rodar a América do Sul, passando pela Patagônia, pelos Andes, por Macchu Picchu, por um leprosário peruano (Ernesto estava se especializando em lepra) e terminando na Venezuela. O percurso seria feito graças a La Poderosa, uma moto de 1939.
Com este longa, Walter Salles entra no clube dos grandes diretores com reconhecimento nos Estados Unidos (o filme teve como produtor Robert Redford), e merecidamente: seu trabalho, em conjunto com a dupla protagonista (Rodrigo de la Serna é inclusive primo em segundo grau do Che), faz de Diários de Motocicleta um grande filme. O longa ganhou o Oscar 2005 de melhor canção, com Al Otro Lado del Río.
Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Durante o filme Ernesto e Alberto precisam usar ora a lábia, ora a honestidade para comer e dormir; descobrem situações de miséria e injustiça, histórias de gente que perdeu o que tinha por causa de especuladores; e, no leprosário de San Pablo, à margem do Amazonas, chega o momento definitivo, o de escolher em que margem do rio se quer ficar. 
Em Diários de Motocicleta é possível vislumbrar o que levou Ernesto a virar o Che e buscar mudança social, pois no filme, que se passa em 1952, o rapaz não usa luvas para cuidar dos leprosos e ajuda miseráveis no deserto de Atacama.
Como no livro, existem ideias comunistas de Che, que desde jovem, quando começou a jornada, sempre quis a igualdade entre todos. 
O filme é ótimo. Gostei bastante, pois ele mostra, em várias partes, que apesar das dificuldades é gratificante ser bom com os outros.
Nota: 5 estrelas.

Resenha: "De Moto pela América do Sul - Ernesto Che Guevara - Diário de Viagem"

De Moto pela América do Sul - Ernesto Che Guevara - Diário de Viagem
Sá editora, 2001


Sinopse
Na garupa de uma moto, rumo à desconhecida América, este é o retrato exato do momento em que começa a se formar um mito. E, ao mesmo tempo que descobrimos indícios do grande revolucionário que iria se revelar, lemos o relato de um jovem como qualquer um de nós: pé na estrada, mochila carregada de sonhos.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
No livro, vocês podem perceber que há um processo de mudança na vida do autor. Ele saí numa viagem, pela América do Sul, com seu amigo Alberto Granado, também estudante de medicina e, sem dinheiro, saem apenas com uma moto atrás de aventuras. 
Durante a jornada eles descobrem as dificuldades das pessoas e sentem-se sensibilizados por elas. Acabam ajudando leprosos, que ninguém queria ajudar e várias outras pessoas.
O livro foi produzido através de relatos diários feitos por Ernesto, -- antes de virar Che -- e seu amigo. Adaptado para o cinema, com o nome "Diários de Motocicleta", foi estrelado por Gael García.
Ainda não terminei de ler o livro, todavia sei do que se trata por já ter assistido o filme e, recomendo muito. Por tempos este foi o filme que mais gostei.
Estou na página 20 e espero terminar até o fim de semana, até agora, o livro mostra a viagem com mais riqueza de detalhes que o próprio filme.
Não estou colocando opinião política, até porque não é esta a intenção, mas existem várias opiniões comunistas no livro.
Nota: 4 estrelas.

1 de novembro de 2012

Resenha: Os Crimes da Luz (Giulio Leoni)

Os Crimes da Luz



Sinopse
Depois de surpreender os leitores em 'Os crimes do mosaico', o genial Dante Alighieri volta para desvendar um novo e intrigante caso nesta obra. Florença, agosto de 1300. Dante, faltando poucas horas para o fim de seu mandato como prior da cidade, é chamado aos pântanos do rio Arno, onde foi encontrada uma galé encalhada. A bordo, centenas de cadáveres e os restos de um engenho. De onde veio essa embarcação com sua carga de horror? E por que, depois de algumas horas, o arquiteto do imperador Frederico II é ferozmente assassinado? Cinqüenta anos antes, Frederico II morreu no limiar de uma extraordinária descoberta.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Giulio Leoni é um escritor italiano, famosíssimo por lá e eu entendo o por quê de tanto sucesso. Por anos, o livro "I Delitti Della Luce" ou traduzido para o brasileiro "Os Crimes da Luz", foi meu livro preferido. Tem ação, suspense, amor, ódio, história até a última página. Você, caro leitor, se o ler, ficará envolto numa Itália não mais existente nos dias de hoje. Os muros de Florença, dos anos de 1.300, escondem muito mais segredos do que possa imaginar.
O prior, -- ou o chefe da cidade, como preferir -- é Dante Alighieri, um detetive que está prestes a perder seu mandato na cidade e descobre um crime acontecido há muitos anos. Os assassinos estão de volta e ele precisa solucionar o caso antes da meia noite do seu último dia como chefe. Ele não pode deixar que a cidade seja tomada por assassinos, mas, em meio a tudo isso, aparece uma luz. A luz divina, talvez. Mas o que Deus, a Igreja e Dante têm a ver com a onda de assassinos? Ficou curioso? Então recomendo que leia "Os Crimes da Luz", garanto que não se arrependerá. 
Li por três vezes e ainda me encanto com a imaginação de Leoni, além, é claro, de sua escrita que é ótima. 
Nota: 5 estrelas.

Resenha: Corações Sujos (Fernando Morais)

Corações Sujos


Sinopse 
Neste livro, Fernando Morais busca reconstituir a aventura da Shindo Remmei ou 'Liga do Caminho dos Súditos', que nasceu em São Paulo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Para seus seguidores, a notícia da rendição japonesa não passava de uma fraude aliada. Em poucos meses a colônia nipônica estava dividida. De um lado ficavam os kachigumi, os 'vitoristas' da Shindô Remmei. Do outro, os makegumi, ou 'derrotistas', apelidados de 'corações sujos' pelos militantes da seita.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Fernando Morais é jornalista e já trabalhou em vários jornais renomados de São Paulo. Escreveu o livro "Corações Sujos" no ano de 2.000 e recentemente saiu a adaptação para os cinemas. 
No livro, ele retrata a vinda dos japoneses para o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, mostrando o sofrimento de um povo que não sabia falar o idioma, não estava acostumado a comer comida brasileira e muito menos estavam dispostos a "abrir mão da pátria.". Para os imigrantes, que foram iludidos pela mídia durante a Guerra, o Brasil era um lugar que eles viriam, juntariam dinheiro e retornariam; porém Fernando Morais conta que não foi bem assim que aconteceu. Houveram brigas, -- tanto  pela não aceitação dos costumes brasileiros por parte dos japoneses quanto pela "superioridade" que os brasileiros sentiam sobre os japoneses por estarem unidos com o governo americano.
O livro tem uma escrita fácil de ser interpretada, é clara e objetiva. Não é atoa que obteve tanto sucesso de venda.
Não deixa nada a desejar, já que transcorre por toda a história, desde a chegada ao Brasil até a "fundação do bairro japonês" no centro de São Paulo, -- o bairro da Liberdade.
Mais um livro voltado para a área de história, mas que recomendo para aqueles que querem aprender um pouco mais sobre as histórias que se intercalam entre Brasil x Japão.
Nota: 5 estrelas. 

Resenha: O Vendedor de sonhos e a Revolução dos Anônimos (Augusto Cury)

O Vendedor de sonhos e a Revolução dos Anônimos


Sinopse
No novo livro da saga O Vendedor de Sonhos, o Mestre continua virando a sociedade de cabeça para baixo. Depois de sofrer perdas irreparáveis e ver seu mundo desmoronar, esse misterioso homem procura reconstruir sua vida vendendo sonhos. Seus discursos são cortantes como lâminas; suas ideias, arrebatadoras. Seus discípulos são baderneiros e revolucionários que transformam drama em comédia e colocam grandes ideias num circo social. O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos mostra como a trajetória de cada ser humano é admiravelmente complexa, escrita com lágrimas e júbilo, tranquilidade e ansiedade, sanidade e loucura.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Neste livro, Augusto Cury, médico psiquiatra e psicanalista, continua a descrever a vida do "Mestre", -- personagem fictício que sofre perdas irreparáveis na vida, por motivos como trabalho excessivo -- que tenta a todo custo levar ensinamentos às pessoas na rua, atraindo tanto seguidores quanto  inimigos mortais.
É um livro bom. Por ser classificado como "Autoajuda", as vezes, pode ser tachado como ruim ou algo do gênero. Não é de todo ruim. Li e, por vezes, me fez refletir aspectos da minha vida que precisavam ser moldados. Por vezes dei risada das trapalhadas feitas pelos personagens bêbados, fiquei pensativa em alguns pontos, -- quando, no começo do livro, por exemplo, o narrador tenta se suicidar e é salvo por um mendigo. -- Apesar de tudo, o livro antecessor, de nome "O Vendedor de Sonhos: O Chamado", ainda se classifica em posições superiores a este.  
Augusto Cury tem uma escrita leve que te faz "viver" dentro do livro e nada é tão maravilhoso quanto pegar um livro na estante, passar horas lendo e não perceber que as horas passaram e o livro já acabou. Apesar de que neste livro, ele tenha deixado a narrativa mais pesada. Demorei um pouco mais para ler. Vai ver não estava preparada para a enxurrada de informações contidas.
Mesmo que você ache que não precisa de um livro como este, sempre é bom ler. Além do mais, você estará dispensando a consulta com um psicologo, pois no mundo em que vivemos, todos precisamos de um, acreditem.
Nota: 4 estrelas.

Resenha: O Jogo do Anjo (Carlos Ruiz Zafón)


O Jogo do Anjo

Sinopse
Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinho num casarão em ruínas. É quando surge em sua vida Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir.
Em O Jogo do Anjo, o catalão Carlos Ruiz Zafón explora novamente a Barcelona do início do século XX, cenário de seu grande êxito internacional A Sombra do Vento, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. Lançado no ano de 2011 na Espanha, O Jogo do Anjo já ultrapassou a marca de um milhão de exemplares vendidos.

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
"Já naqueles tempos, meus únicos amigos eram feitos de papel e tinta. Na escola tinha aprendido a ler e escrever muito antes das outras crianças do bairro. Onde meus colegas viam manchas de tinta em páginas incompreensíveis, eu via luz, ruas, gente. As palavras e o mistério da sua ciência oculta me fascinavam e, para mim, eram a chave que abria um mundo sem fim e a salvo daquele caos, daquelas ruas e daqueles dias turvos em que até eu podia intuir que uma sorte minguada me esperava.". P.35
O livro retrata a história de uma Barcelona adorada por Záfon; a maioria de seus livros se passa por lá, em variadas épocas. Assim como em "A Sombra do Vento", seu primeiro livro da série, ele tece uma estória muito bem feita, com um misticismo típico do autor, porém, um tanto quanto confusa no meio da trama, mas nada que ele não resolva com seu jeito encantador de escrever. Sua escrita é lindíssima. 
A estória é narrada em primeira pessoa pelo próprio David Martín, personagem principal, que durante a trama descobre um suposto amigo que o encanta e o leva a um mundo obscuro em que depois que se entra, não há mais saída. O livro é muito bem escrito. Zafón tem um encanto muito bonito, poético. Todos os seus livros são envolventes até a última página. Recomendo àqueles que estão a procura de uma leitura que marque sua trajetória literária.
Publicado pela editora Suma das Letras, foi traduzido por Eliana Aguiar.
Nota: 4 estrelas.

Resenha: O Último Trem de Hiroshima - Os Sobreviventes Olham para Trás (Charles Pellegrino)


O Último Trem de Hiroshima

Os Sobreviventes Olham para Trás


Sinopse
Usando uma combinação de documentos oficiais de época, depoimentos inéditos de japoneses que sobreviveram à bomba e de aviadores americanos, Charles Pellegrino reconstrói os dois dias em que armas nucleares foram detonadas no Japão e mudaram definitivamente a história do mundo. Charles traz à tona os dias trágicos em Hiroshima e Nagasaki exatamente como ocorreram - para explicar por que ocorreram. 

Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Charles é cientista com um quê de jornalista e foi a fundo na pesquisa deste livro, mostrando ao leitor muito mais do que uma narrativa sobre os dois dias mais trágicos ao povo japonês durante a II Guerra Mundial. Ele mostra muito além. Pega a alma da vítima. Descreve sensações e reações, -- quimicamente falando -- pois a obra é recheada de aspectos científicos e você, leitor que estiver interessado, deverá pesquisar alguns termos durante a leitura. 
Tece a trajetória das bombas, desde o momento em que Paul Tibbets tira fotos ao lado do Enola Gay, na pista de decolagem, no próprio território japonês já tomado pelos EUA, até os dias seguintes a bomba. Também aparecem relatos sobre o Imperador Hiroíto, que foi mantido no trono por MacArthur por um simples jogo de interesse.
Li para a realização de uma monografia e posso dizer, a leitura é massante até meados da página 100, depois você começa a se envolver com os assuntos e, pronto, quando vê, o livro já acabou e você percebe que a sua vida é melhor do que parece ser. Nenhum problema é tão grande que não possa ser resolvido. Charles descreveu cada dor, cada sofrimento, cada angústia e, se não fosse por esse livro, talvez nunca conhecesse a história de vida de Totsumo Yamaguchi. Um senhor, sobrevivente à bomba que se tornou o meu exemplo de vida. Só lendo o livro para entender.
Por ser um livro histórico, você pode não se interessar tanto; porém, para os curiosos e amantes de história, recomendo fortemente. 
Livro publicado pela editora "LEYA" e traduzido para o português-brasileiro por Angélica Freitas.
Nota: Quatro estrelas.