Soubera desde o início. Procurara
explicar o inexplicável e talvez até conseguisse se o comportamento humano não
fosse tão complexo. Dois irmãos são criados exatamente da mesma maneira e se
tornam adultos completamente diferentes: um gentil e afável; o outro, um
assassino. Há quem diga que é uma “programação genética”, a vitória da natureza
sobre a cultura, mas às vezes o caso nem é esse: trata-se apenas de algum
acontecimento aleatório que altera a vida de uma pessoa, algo no vento que se
mistura à química cerebral dela, qualquer coisa. E então, depois da tragédia,
procuramos explicações e, mesmo que as encontremos, não passarão de teorias.
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