O Último Trem de Hiroshima
Os Sobreviventes Olham para Trás
Sinopse
Usando uma combinação de documentos oficiais de época, depoimentos inéditos de japoneses que sobreviveram à bomba e de aviadores americanos, Charles Pellegrino reconstrói os dois dias em que armas nucleares foram detonadas no Japão e mudaram definitivamente a história do mundo. Charles traz à tona os dias trágicos em Hiroshima e Nagasaki exatamente como ocorreram - para explicar por que ocorreram.
Críticas - Acertos - Recomendações - Notas
Charles é cientista com um quê de jornalista e foi a fundo na pesquisa deste livro, mostrando ao leitor muito mais do que uma narrativa sobre os dois dias mais trágicos ao povo japonês durante a II Guerra Mundial. Ele mostra muito além. Pega a alma da vítima. Descreve sensações e reações, -- quimicamente falando -- pois a obra é recheada de aspectos científicos e você, leitor que estiver interessado, deverá pesquisar alguns termos durante a leitura.
Tece a trajetória das bombas, desde o momento em que Paul Tibbets tira fotos ao lado do Enola Gay, na pista de decolagem, no próprio território japonês já tomado pelos EUA, até os dias seguintes a bomba. Também aparecem relatos sobre o Imperador Hiroíto, que foi mantido no trono por MacArthur por um simples jogo de interesse.
Li para a realização de uma monografia e posso dizer, a leitura é massante até meados da página 100, depois você começa a se envolver com os assuntos e, pronto, quando vê, o livro já acabou e você percebe que a sua vida é melhor do que parece ser. Nenhum problema é tão grande que não possa ser resolvido. Charles descreveu cada dor, cada sofrimento, cada angústia e, se não fosse por esse livro, talvez nunca conhecesse a história de vida de Totsumo Yamaguchi. Um senhor, sobrevivente à bomba que se tornou o meu exemplo de vida. Só lendo o livro para entender.
Por ser um livro histórico, você pode não se interessar tanto; porém, para os curiosos e amantes de história, recomendo fortemente.
Livro publicado pela editora "LEYA" e traduzido para o português-brasileiro por Angélica Freitas.
Nota: Quatro estrelas.
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